A Diocese de Goiás abriu o Jubileu 2025, “Peregrinos de Esperança”, proclamado pelo Papa Francisco, no sábado, 22 de fevereiro. Foi um dia de festa para todas as Paróquias da diocese. A cerimônia aconteceu na cidade de Goiás e contou com expressiva participação do povo de Deus vindo de todas as regiões pastorais. Leigos, religiosas e religiosos, padres, o bispo diocesano Dom Jeová Elias, e o bispo emérito, Dom Eugênio Rixen, participaram.
A praça do chafariz foi o ponto de encontro e concentração em que todos cantaram, rezaram e refletiram sobre o Jubileu. Em seguida, todos saíram em peregrinação passando pela Catedral Sant’Ana, que está em reforma. Ali houve uma parada e momento de oração. A caminhada seguiu pelas ruas históricas de Goiás até o Santuário do Rosário, onde foi presidida a Santa Missa por Dom Jeová e concelebrada pelo bispo emérito e todo o clero.
Destaque, durante a celebração, para a explicação do Dom Jeová sobre o que é o Jubileu e de quando acontece na Igreja. Ele mostrou a todos um shofar que trouxe de Jerusalém há 14 anos. O instrumento de sopro é feito de chifre de carneiro. É também conhecido por Yobel, daí o nome Jubileu (raiz hebraica), tempo de graça presente na tradição judaica que ocorre a cada 50 anos. “As festas eram abertas com o toque desse instrumento”, conforme explicou o bispo. Para demonstrar, o Pe. Vilmar tocou o shofar a pedido do Dom Jeová. Na Igreja Católica, o primeiro Jubileu foi proclamado pelo Papa Bonifácio VIII no ano de 1300. Essa iniciativa promoveu o reflorescimento da espiritualidade, do perdão e fraternidade.
O Jubileu, portanto, é um tempo importante para a vida cristã. “É um ano muito especial de celebração, de alegria, de gratidão, mas também de gestos concretos, era um ano que fazia a diferença na vida do povo, não era simplesmente um evento, mas sim um acontecimento marcante em que o povo deveria rever a sua vida, as relações sociais deveriam ser refeitas, a justiça deveria ser restituída, os escravos eram alforriados, as dívidas eram perdoadas, era um ano de perdão; se alguém tinha vendido a sua terra diante de alguma dificuldade, nesse ano do jubileu a terra retornava ao proprietário original, era um ano de graça, de alegria, um ano de perdão das dívidas”, explicou Dom Jeová.
O bispo disse ainda que quando celebramos um Ano Jubilar não queremos simplesmente nos restringir a um evento, às orações, às peregrinações. “Claro que tudo isso é importante, mas não esgota o sentido bonito do Jubileu”. Na Bula de proclamação do Jubileu, o Papa Francisco coloca a esperança como tema central: peregrinos de esperança. Dom Jeová disse que o “de esperança” nos coloca como sujeitos de esperança, isto é, somos convidados a peregrinar ao encontro do Senhor presente no irmão, sobretudo aquele que sofre.
Após a Santa Missa, cada paróquia representada pelo seu pároco e pela caravana de paroquianos, recebeu um quadro com o símbolo do Jubileu, que deve ser fixado em cada comunidade por toda a diocese.