Hoje (05 de abril de 2019) recebemos a “feliz” notícia de que mais um grande homem – pastor e servidor do povo de Deus – celebrou sua páscoa definitiva. “Feliz” porquê pela fé cremos que conforme ele associou sua vida à vida de Cristo aqui na terra, ele contemplará o Redentor face a face como bem-aventurado por ter abraçado a causa do Reino em toda sua vida e missão. Cremos que ele será associado a todos aqueles que n’Ele depositou sua confiança e esperança. Uma boa e santa páscoa estimadíssimo Capponi.
É muito bom fazermos memória da presença de padres “fidei donum” que com tanto zelo e solicitude passaram por nossa diocese, inserindo-se de modo incisivo em nossa Igreja particular. Lembramos dos padres Eligio Silvestri, Francesco Cavazzutti, Francesco Capponi e Isaaco Spinelli (foto) além de outros que também merecem nosso respeito e preces.
Logo que um cristão é ordenado padre para a santificação do povo cristão, é chamado, em razão do seu ministério pastoral, a ser modelo de santidade para o rebanho. “Esforçem-se por ser modelos do povo” (1Pd 5,3; LG 28,4). Cremos que esses nossos irmãos italianos (Modena e Carpi) encarnaram esse imperativo com muito esmero e afinco. Serviram em todos os sentidos nossa diocese por mais de 30 anos. Foram sim testemunhas do Reino de Deus aqui entre esse povo do cerrado – naquela ocasião verdadeiramente terra de missão. Assim como Cristo foi o Evangelho do Pai, esses homens foram para nossa diocese o Evangelho de Cristo.
Creio que a vida e missão deles serão ainda vistos como modelo para novas vocações que hão de surgir – como nos recorda Bento XVI que “o testemunho suscita novas vocações” (47º Dia Mundial de Oração pelas Vocações – 25/04/2010). Como também São João Paulo II dizia que “a vida dos padres, a sua dedicação incondicional ao rebanho de Deus, o seu testemunho de amoroso serviço ao Senhor e à sua Igreja e o seu zelo pela evangelização do mundo são o primeiro e mais persuasivo fator de fecundidade vocacional” (Pastores dabo vobis, 41). Somos gratos por tudo o que vocês fizeram pela Igreja da nossa querida Goiás velho.
É gratificante quando andamos pelas diversas paróquias que compõem nossa diocese e as pessoas recordam da passagem desses presbíteros por aqui. Homens de intensa oração, entrega ao serviço aos pequenos, homens humanizados e humanizadores, cada um trazendo sua característica que lhes são próprias, porém todos refletindo o rosto de Cristo, o bom Pastor.
Despedimos do Chiquinho e esperamos que ele inicie a festa que não tem fim contemplando face a face Aquele que nos chamou e é fiel para sempre. Requiem aeternam dona ei, Domine. Et lux perpetua luceat ei. Que sua vida missionária continue sendo para nós causa de muitas alegrias.
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Por, Pe. Mauro Francisco dos Santos, Presbítero da Diocese de Goiás – GO.