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Companheiros e companheiras da Caminhada, militantes da defesa da vida e da Casa Comum

Faltam apenas 2 dias, no dia 02 de setembro, próximo sábado, somos convocados e convocadas a rumarmos a caminho da Diocese da Terra Xixá, Itapuranga/GO – “terra vermelha”.

Nossa concentração será em Itapuranga, região de terras de camponeses, muitos embates e resistências produzidos pelos trabalhadores (as), nascidas com a resistência da cultura Guará, Associação dos Lavradores do Xixá, Comunidades de Baixa Renda, Sociedade do Adubo, Escola Popular da Fazenda Laranjal, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Hospital da Santa Casa, Cooperafi, Rádio Alternativa FM, Feira do Produtor dentre outras experiências desta intensa rebeldia.

Iniciará as 14 horas na Feira coberta do Xixazão, traga muita animação, esperança, venha participar conosco!

A caminhada em preparação a 16ª Romaria da Terra e das Águas a uma caminhada vem sendo realizada desde 2015. Foi inaugurado o monumento da Reforma Agrária em homenagem a luta dos camponeses dos assentamentos da região da Diocese e à memória de Dom Tomás. Também foram realizadas a Festa da Colheita em Itapuranga; O Grito e a Resistência no Cerrado, em Goiás; Encontro de Trabalhadoras e Trabalhadores, em Itaberaí; lançamento do selo em memória de Nativo da Natividade, foi pré lançado o CD com algumas músicas que marcaram a Caminhada da Diocese de Goiás.

Organização Popular e a Luta por Direitos

As crises: econômica, política e institucional que o país atravessa acirra os conflitos já conhecidos pelo povo, a disputa por terras, pelo modelo de produção, por direitos trabalhista, previdenciários, por acesso a políticas públicas diversas e pela garantia de serviços básicos. Direitos até então sedimentados estão sendo violados pelo atual governo e pelo Congresso Nacional, influenciados por setores produtivos conservadores.

Outros direitos, que estão em nosso horizonte, estão cada vez mais distantes. As terras continuam sendo concentradas, os biomas – inclusive nosso Cerrado – destruídos, e as águas contaminadas. Crianças e jovens a mercê dos meios de comunicação comerciais, e sem a devida atenção do poder público quanto a sua formação e proteção. Lideranças populares sendo perseguidas e movimentos sociais criminalizados. O cenário é desafiador.

Por outro lado, sentimos a urgente necessidade de atuar mais fortemente junto às bases, e ajudar o povo a se organizar para enfrentar os desafios da conjuntura. Isto não uma novidade para nós. A igreja de Goiás, a Comissão Pastoral da Terra e outras pastorais sempre estiveram juntos o povo, e colaboraram para a criação de movimentos sociais, de sindicatos, e diversas outras iniciativas. Agora é preciso fortalecer as nossas comunidades, do campo e da cidade. Suscitar a organicidade característica dos tempos de seu nascimento, mas com a capacidade de entender os novos desafios.

Memória, Rebeldia e Esperança

O lema expressa um caminho: a memória das lutas populares nestes 40 anos de CPT e quase 50 anos de Igreja da Caminhada – tendo como referência o martírio do padre Chicão, que completa 30 anos em agosto. Também comemorar nossas conquistas, como os assentamentos de reforma agrária.

A rebeldia, que o Papa Francisco pede aos jovens e a todos nós cristãos, frente ao sistema de exploração e ganância, que como já foi dito aqui, se expressa na retirada dos direitos, na destruição do Cerrado, na concentração de terras, poder e dinheiro.

E a esperança de um mundo melhor, da nova convivência com o meio ambiente, da igualdade de oportunidades, da dignidade do trabalho. Enfim, de um mundo fraterno e justo, em Cristo.

TEMA: Organização Popular e a Luta por Direitos

LEMA: “Memória, Rebeldia e Esperança”

Metal e sonho – Pedro Tierra

Organizar a esperança,
Conduzir a tempestade
Romper os muros da noite,
Criar sem pedir licença
Um muro de liberdade.
Trabalhar a dor, trabalhar o dia,
Trabalhar a flor, irmão!
E a coragem de acender a rebeldia!
Convocar todos os sonhos
E as mãos das companheiras
Feitas de espera e de flor,
Tecendo nossas bandeiras
Na trama de cada dor.
Retomamos a memória,
Na batalha das cidades
Empunhamos nossa história
Já não há quem nos detenha
Nós somos a tempestade.

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